EXECUÇÃO
- ANÁLISE CONSTANTE DE DADOS E REAJUSTE DE ROTAS – Na execução das atividades que planejamos, temos que observar a todo tempo os dados apresentados, devemos sempre determinar check points para avaliação constante. Essa análise pode ser mensal, semanal ou até diária, depende da forma e possibilidade de coleta de seus dados e da complexidade de seus projetos. Somente a análise dos dados coletados é que pode mostrar se estamos seguindo o caminho correto, ou mais ainda, a análise dos dados coletados pode nos mostrar se o caminho que estamos seguindo vai nos levar ao local que queremos ou se temos que alterar a rota e tomar outros caminhos para chagar em nosso objetivo final.
Durante o Caminho de Santiago, em alguns trechos a rota naturalmente se dividia em duas opções, nesse momento é que demos observar as informações ao redor, com base na experiência adquirida e as informações que o momento apresentava, pude ir escolhendo os caminhos corretos para o meu destino.
- ESTUDO DOS CENÁRIOS – Durante a execução do que foi planejado, o mundo não para, vários outros fatores se apresentam, se somam ao que estamos fazendo, outras missões aparecem e devem ser executadas, os cenários mudam, os recursos ficam mais escassos, pessoas tem novas ideias, cabe aos executores de cada projeto analisar todos esses novos cenários dentro do que já tinham em mãos e usar esses novos dados recolhidos para tomar a melhor decisão.
Durante a minha peregrinação, tive momentos de grandes dificuldades, como muito frio, usando somente um exemplo, devido a época do ano que estava indo, não tinha previsto temperaturas tão baixas, mas cheguei a pegar vários dias com temperaturas negativas e até neve. Portanto o cenário mudou bastante dentro que eu tinha visualizado no planejamento, coube a mim, analisar os novos dados que eu tinha em mãos, conferir os recursos que eu possuía e ir tomando as decisões que pareciam ser melhores a cada momento.
- METAS INTERMEDIÁRIAS – É de extrema importância traçar metas intermediárias durante o planejamento, pois é agora na execução que elas aparecem para nos mostrar se estamos no rumo certo, para podermos entender ao alcançar cada meta se o prazo previsto está sendo respeitado, serve para a análise de utilização de recursos e também para referência se a execução deve continuar da forma como está sendo feita ou se será necessário fazer alteração de rotas. Porém, eu como gestor, gosto de usar as metas para outro importante propósito: COMEMORAR as pequenas conquistas com a minha equipe. Todas as missões são muito difíceis, portanto se só pudermos comemorar no final, corremos muito risco de desanimar a equipe envolvida, pois a chance de uma meta não ser atingida em 100%, mesmo com o grande esforço de todos é bem real, e assim teremos todos muito frustados.
No planejamento de minha viagem tracei vários pontos como metas intermediárias, usei referências diversas, como: quilometragens redondas para chegar (700, 600, 500…), algumas cidades marcantes e até mesmo um albergue que eu queria conhecer e dormir. Muito mais do que medir toda a minha execução, as metas intermediárias que tracei serviam para me estimular, para festejar, para tomar um vinho e para começar a pensar na próxima meta a ser atingida.
Publicado anteriormente no Portal do Sebrae